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A violência contra a mulher e o suicídio.

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Por Tammy Fortunato – Presidente da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher do IASC.

 

O mês de setembro, também chamado de setembro amarelo por trabalhar a temática da prevenção do suicídio, tem sido de grande importância à sociedade, despertando a tal triste realidade, tão presente em tempos atuais, e abrangendo todas as classes sociais.

Um ponto que merece destaque, e até mesmo um estudo mais profundo, é o suicídio de mulheres vítimas de violência doméstica, revenge porn, slut shame, cyberstalking, dentre outros tipos de violências sofridas pelas mulheres.

A mulher, vítima de violência, seja de ordem moral, material, física, sexual e psicológica, precisa de amparo e não de julgamentos. Ela já sofre em demasia e precisa de cuidados e atenção.

Aliás, em tempos virtuais, onde a informação se propaga em imensurável velocidade, é preciso atentar não somente às mulheres adultas, mas principalmente às meninas – mulheres, as adolescentes.

Essas meninas-mulheres cada vez mais são vítimas virtualmente de crimes de violência sexual, tendo seus corpos expostos sem anuência, causando danos não só a elas, mas a toda família. Adolescentes, do gênero feminino, têm sido cada vez mais vítimas de suicídio, em decorrência da exposição dos seus corpos e intimidades.

Tem-se cada vez mais falado sobre violência contra a mulher, mas pouco ou quase nada se fala sobre mulheres que põem fim a própria vida por terem sido vítimas de algum tipo de violência.

Segundo informação do Centro de Valorização da Vida – CVV, houve a constatação que a violência sofrida pelas mulheres foi determinante para a morte violenta por suicídio.

Todo tipo de morte violenta deve ser investigada, e ai se inclui o suicídio. Identificar o motivo pelo qual a mulher pôs fim a própria vida, pode ajudar a salvar outras mulheres.

É preciso incluir nas políticas públicas às mulheres, principalmente as vítimas de violência, a prevenção ao suicídio. Dados fornecidos pelo CVV trazem que em caso de mulheres com mais de 60 anos de idade, que tenham sido submetidas a algum tipo de violência prévia, têm 311 vezes mais chance de morrer vítimas de feminicídio ou suicídio. Um dado bastante alarmante.

Muitas mulheres, vítimas de violência, não conseguem enxergar “uma luz no fim do túnel”; são menosprezadas pela sociedade, principalmente quando são vítimas de constrangimentos sexuais.

Mulheres sofridas, envergonhadas, humilhadas, com baixa autoestima, são as maiores vítimas de suicídio, que erroneamente o enxergam como o único remédio capaz de aliviar todo o sofrimento, vergonha e humilhação que estão sentindo.

O setembro amarelo (amarelo que representa a luz) sucede o agosto lilás (cor do luto, da dor e, ao mesmo tempo, da honra), que é o mês de conscientização de combate à violência contra a mulher.

Que todos sejam luz, e ajudem as mulheres vítimas de violência.

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